desejo * !

quarta-feira, 11 de abril de 2012

capitulo três:

                Sua mãe estranhou a pressa com que Leonor se vestia, estranhou o seu sorriso e estranhou todo aquele ar bem-disposto.
                Não quis interromper aquela felicidade, apenas lhe desejou um bom dia de aulas enquanto Leonor saia apressadamente pela porta principal. A música que pôs naquele dia era uma música alegre e mexida, que cativava qualquer um para dançar. Quando deu por isso, estava aos saltos pela rua.
                Leonor não percebeu o que estava a acontecer com ela, afinal era um dia perfeitamente normal de escola e logo se acalmou para entrar na escola.
                Dirigiu-se ao mesmo banco do dia anterior para estar atenta em algum rapaz que estivesse lá perto. Espantou-se ao ver lá um bilhete com o seu nome.
                “Não sei como te sentes hoje, Leonor, espero que melhor.
Desconhecido.”
                Sorriu para o bilhete e guardou-o na sua mala enquanto se dirigiu para a aula. Durante toda a aula olhou para aquele bilhete e não parou de imaginar o rapaz que se escondia por debaixo daquela bela letra.
                A aula terminou e mais uma vez dirigiu-se para aquele banco que novamente tinha um bilhete para ela.
                “Já reparei que estás mais animada, e fico muito feliz por isso. Gostava de saber o motivo de tanta felicidade, gostava que partilhasses toda a tua vida comigo. Não paro de pensar em ti. Desculpa se estou a chatear, não te escrevo mais…
Desconhecido”
                Leonor estava ainda mais feliz com aquele segundo bilhete, cada vez mais curiosa e não queria que ele deixasse de escrever para ela e como haveria de lhe dizer isso? Decidiu então por um bilhete no mesmo sítio que encontrou os outros então escreveu:
                “Querido desconhecido, parece que já me conheces perfeitamente e sabes que gosto de estar sozinha, mas por favor, não pares de me dar noticias tuas, preciso de te conhecer. Quero conhecer-te pessoalmente. Se leres isso por favor, vem ter comigo, fico a espera. Um beijo,
Leonor”
                Deixou lá o bilhete e rezou para que ele a tivesse visto a colocar o papel para o ir lá buscar. Naquele dia só tinha aulas de manhã e por isso só faltava mais uma e ia embora, ou seja, não podia ir buscar mais nenhum bilhete, e ficou receosa que alguém pegasse nele por ela.
                No final da aula dirigiu-se para casa e durante a tarde foi até ao parque natural para pensar em tudo o que estava a acontecer à sua vida, aquela mudança toda, era tudo muito rápido. Já não se sentia bem ao pé das suas amigas (afinal nunca se sentiu bem ao lado delas mas só agora é que se apercebeu) e agora só queria estar naquele banco da sala de convívio a ler aqueles bilhetes que o Desconhecido lhe deixara.
                Anoiteceu e Leonor nem tinha reparado que já eram 20h e o seu telemóvel tinha ficado sem bateria. Correu para casa para acalmar a mãe que já ligava para todos os seus amigos com medo que ela tivesse fugido. Abriu tão rápido a porta que esta fez um enorme barulho e a sua mãe correu para os seus braços. Leonor explicou a mãe porque não tinha atendido as chamadas e porque não chegou mais cedo a casa e sua mãe compreendeu.
                As três prepararam o jantar juntas porque com aquela preocupação toda a sua mãe nem pensou em tal coisa. Ficou pronto muito rápido e calmamente jantaram enquanto acabavam de por a conversa em dia.
                Leonor subiu para o quarto e pôs o seu telemóvel a carregar. Não demorou muito tempo até começar a receber as mensagens de aviso de contacto da sua mãe. Foi abrindo as mensagens e reparou que, no meio havia uma que não era desses avisos e depressa a leu.
                “Leonor, vi o papel que me deixaste lá no banco e ao lê-lo percebi que posso fornecer-te uma pequena informação minha. Não sei se estou a fazer o que é certo, mas devo-te pelo menos isso. Chamo-me Dinis, certamente já estás a ver quem sou eu.
                Desculpa se não era aquele que tu estavas a espera, desculpa se desiludi a tua imaginação do meu eu, sei que não devia ter começado com isto, mas eu não aguentei, vi-te triste e sozinha e achei melhor mostrar-te a ti, a minha preocupação.
Um beijo, Dinis
Ps- como te disse o meu nome, decidi mandar a mensagem com o meu número, podes responder, eu aguardo resposta.”
                Leonor ficou a olhar para mensagem, nunca tinha ouvido falar naquele nome, mas “Dinis” pareceu-lhe um nome bonito. Receou se devia ou não responder a mensagem e como era tarde, deitou-se sem responder. Se tivesse que responder, fazia isso no dia seguinte, com a cabeça já descansada e com melhores ideias sobre o que haveria de dizer.
( continua )
História inventada por mim, não se assemelha a realidade.

Quanto ao próximo capitulo, pode demorar um pouco, pois estamos na recta final deste ano lectivo e tenho que dar tudo por tudo, peço desculpa se não for tão assídua (:
Aproveito para pedir mais ideias para esta história a todos vós (:
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quinta-feira, 5 de abril de 2012

capitulo dois:

                Entrou na sala de aula e como sempre foi a primeira. Sentou-se no seu lugar habitual, encostada à janela, a ultima mesa. Começou a tirar as suas coisas e já toda a gente tinha chegado menos o professor. Um grande ruído surgiu dentro da sala, todos falavam paralelamente enquanto Leonor viajava no seu pensamento.
                Estava tão interessada em seus pensamentos que nem deu por ela que o professor já tinha chegado e os seus colegas já estavam calados, a aula teria começado à uns 10 minutos.
                Durante todo esse dia andou completamente distraída em todas as aulas, não tirou apontamentos nem apontou o que tinha que fazer em casa. Nos intervalos sentou-se sempre sozinha num banco que se encontrava num canto da sala de convivo a ouvir a sua música. Parecia perdida no meio de todos aqueles jovens, não reconhecia ninguém.
                Chegou a hora de ir para casa e ela foi tal e qual como andou todo o dia, sozinha a ouvir música e a pensar… Chegou a casa e a sua irmãzinha pediu-lhe para que a levasse ao parque infantil pois era rotina que ela o fizesse. Assim fez, pegou na irmã e levou-a até ao parque que ficava a 5 minutos de sua casa.
                Esteve no parque cerca de 30 minutos e a sua mãe ligou-lhe já tinha o jantar pronto para as suas duas meninas lindas.
                Correram apressadamente para casa e jantaram calmamente, como sempre faziam. Falaram de todos os assuntos familiares, da escola, dos amigos, dos problemas de tudo…
                Leonor sentia-se um pouco cansada e pediu à mãe para ir para seu quarto, subindo as escadas até à porta deste. Tinha o telemóvel em cima da mesinha de cabeceira com mensagens das suas duas “amigas” que lhe perguntavam porque tinha falado com ela e tinha uma mensagem que o nome era, “desconhecido”. Hesitou para a ler, mas a curiosidade foi maior e abriu a mensagem.
                “Antes de abrires esta mensagem, sei que estás a perguntar porque o nome é desconhecido, e estás um bocado receosa de a ler, mas tem calma, só mandei a mensagem em desconhecido por vergonha de vires a descobrir quem eu sou. Vi-te hoje na escola sozinha, e estava com uma enorme vontade de ir ter contigo e abraçar-te, mas eu sei que não fazia bem porque, apesar de eu já gostar de ti há muito tempo tu não me conheces. Na escola, estou sempre a olhar para ti, é inevitável não o fazer e sei que tu gostas de estar muito sozinha, mas hoje estavas triste, eu senti isso desde o primeiro olhar que trocamos.
                A esta hora deves achar que sou um maluquinho qualquer, mas não, sou apenas um rapaz que sonha em um dia te poder falar pessoalmente.
                Quando foste ao parque com a tua irmãzinha ias mais animada, mas nem assim te vi totalmente feliz e então decidi enviar-te uma mensagem. Espero que não me odeies por isso, beijinho.
                Sei que deveria assinar o meu nome, mas ainda não tenho coragem, desculpa.”
                Leonor nem sabia o que fazer, não fazia a mínima ideia de quem era e nem podia responder à mensagem, estava completamente dependente daquelas palavras que não lhe saiam da cabeça. Sabia que poderia ser qualquer rapaz a mandar aquilo, havia também a hipótese de estarem a gozar com ela mas ela excluía. As ideias para descobrir quem havia mandado a mensagem eram poucas, mas acabou por decidir em estar mais atenta a quem a olhava na escola.
                Decidiu então em ir dormir, já era tarde. Tinha perdido todo o tempo a ler a mensagem e a pensar nela que nem deu pelas horas passar. Dormiu tranquilamente toda a noite, sem sobressaltos.
                O seu sono era tão profundo e tão tranquilo que nem o som do seu despertador a fez acordar. Então, sua mãe percebendo que ela ainda não tinha acordado, foi ao seu quarto e lentamente a acordou.
                Leonor estava bem-disposta, sentia que algo de bom lhe ia acontecer hoje.

( continua )
História inventada por mim, não se assemelha a realidade.
Conto com as vossas opiniões para o titulo desta história. Novo capitulo brevemente. (: