desejo * !

sábado, 27 de outubro de 2012

Olhando pela pequena janela do quarto onde me encontro precisamente a reflectir recordo momentos que outrora me fizeram sentir a rapariga mais feliz do mundo...
Recordo o tempo em que chegava a casa cansada de estudar e me sentava na mesa da cozinha e comer por um longo tempo;
Recordo o tempo em que corria para a cama depois da minha chegada apenas para atender um telefonema;
Recordo o tempo em que me sentia amada e sentia que fazia falta a alguém;
Recordo o tempo em que só queria ver-me livre dos meus pais por eles serem chatos;
Recordo o tempo onde, mesmo tendo uma vida perfeita nunca parava de me queixar (...)
É incrível a rapidez com que a nossa vida muda e mais incrível ainda é a sensação de angustia por sabermos que perdemos alguém que temos plena consciência que nos fazia/faz falta.
Numa fracção de segundos a vida tem a capacidade de dar uma volta de 360 graus e , sem dares conta transforma tudo o que estava bem num terrível pesadelo que nunca imaginaríamos ser possível ...
Vendo esta noite escura, sinto-me preenchida, parece que alguma coisa me compreende e consegue sentir como está o meu pequeno e frágil coração.. Algo consegue sentir a angustia que me preenche e a dor que trago comigo após toda a minha mudança ...
Aqui, sinto-me completamente sozinha e desamparada no meio de tantos jovens que espalham sorrisos e felicidade a cada passo...
Não entendo, não consigo perceber como é que a minha vida consegue ser tão cruel para mim, uma pequena jovem que se encontra indefesa...
Pois bem, a minha vida continua pondo-me a prova, continua testando os meus limites de coragem e de força, mas estes já se esgotaram a um largo tempo e já destruíram toda a alegria que brotava dentro de mim...
Tenho pena, tenho mesmo pena de não conseguir agradecer por a oportunidade que me foi dada visto que só piorou toda a minha vida ...
Quero ser forte, quero sorrir e quero mostrar que é isto que eu quero e é isto o melhor para mim, mas, aqui sozinha, as coisas nem sempre são fáceis como imaginamos (...)